Início Colunas Coluna do Marcos Teixeira Marcos Teixeira: A sorte e o bolinho de bacalhau

Marcos Teixeira: A sorte e o bolinho de bacalhau

Ponto conquistado no fim pode ser fundamental na luta pela manutenção, mas os sinais deixam claro que será preciso mais do que sorte para permanecer na elite

5
Foto: Divulgação/Portuguesa

O jogo 2/12 da Lusa no Paulistão foi bem melhor que a desastrosa estreia. Não que tenha sido animadora, mas a atuação em Itu contra um adversário que costumeiramente nos causa problemas até em boa fase tirou um pouco da sensação de desalento que ficou do embate com os de Ribeirão Preto.

LEIA TAMBÉM: Thomazella comemora defesa de pênalti no empate contra o Ituano

Ok, pouco é mais que nada, é verdade, mas vimos no campo do Novelli Jr. um time mais atento, mais organizado e mais disposto a tentar algo mais que torcer pelo Thomazella. E com um bocado de sorte. Sem ela não se chupa nem um Chicabon, ensinou Nelson Rodrigues. Troque o famoso sorvete por algo mais nosso e pronto! Sem sorte, não se come nem um bolinho de bacalhau. Vai que uma espinha para atravessada onde não deve. No nosso caso, a espinha é um pênalti mal marcado contra e a sorte é ele ser bisonhamente desperdiçado. Ter outro a favor, já nos acréscimos, quando tudo levava a crer que seguiríamos sem pontuar, então, é praticamente uma dádiva, um milagre.

Como a essa hora do dia quem lê essas linhas já deve ter tido acesso a textos melhores que este sobre o desenrolar do jogo, fiquemos na parte conceitual. Não dá para jogar por uma bola se não tivermos uma referência para segurar defensores adversários e criar algum espaço para os pés pensantes de Lucas Natan ou Daniel Costa e para as boas chegadas à frente de Gustavo Bochecha. Não sei se colocar o garoto Paraizo na berlinda agora é o melhor a se fazer, mas sem ele, que entrou mal pra dedéu no jogo, estaríamos agora falando de duas derrotas para dois adversários que nem de longe jogaram o que podem.


Outro que errou mais que acertou foi Daniel Costa, de longe o jogador com melhor repertório técnico que temos à disposição. O problema é que nosso jogo será cada vez mais o de contra-ataque, ou reativo, como a molecada fluente no Tatiquês gosta de falar. E isso nos obriga a ser mais efetivos quando tivermos chances de contragolpear. Se não para marcar, ao menos para deixar recados aos adversários e desencorajá-los a nos atacar sem maiores preocupações.

Este ponto pode ser, e espero que seja, essencial para nos manter na Série A1 para o próximo ano. É importante parar de bater e voltar para a viabilidade do futebol lusitano. E é bom não contar tanto assim com a sorte.

* Marcos Teixeira, 45, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org

** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA

5 Comentários
mais antigos
mais recentes Mais votado
Feedbacks embutidos
Ver todos os comentários
Eduardo Pires
1 ano atrás

Bem coerente a explanação do Marcos Teixeira. Estamos longe de ter resolvido nossos problemas.

j alex - atibaia
1 ano atrás

nosso querido Mazzola escolheu os caras então precisa faze-los jogar, por enquanto está difícil até de assistir – pode começar escalando um beque melhorzinho para fazer dupla com o Patrick

Newton Prestes da Silveira
1 ano atrás

Deus queira que eu esteja redondamente enganado, mas, a continuar com essa formação titular, a nossa Lusa sofrerá goleadas humilhantes.

Alexandre
1 ano atrás

Há uma preocupação em marketing e em camisas modernas de gosto duvidoso.
A LUSA precisa de muito mais que isso para se manter.
Precisa de limões para fazer a limonada.

Carlos Freitas
1 ano atrás

Não sei… mas acho que continua ruim.
O nosso 3 Contnua a nos fazer sofrer. E pra frente do Vitor Ramos também não nos tem dado muitas alegrias. De 180 minutos de futebol, só gostei do último minuto da prorrogação de Itu. Precisa melhorar muito para jogar um futebol que seja apenas razoável.

wpDiscuz
Sair da versão mobile