Perdi as contas das vezes que encontrei o Ivair no Canindé. Em nenhuma delas ele estava sozinho, como se o Príncipe tivesse sua própria corte. Ou suas cortes, porque as pessoas que estavam com ele raramente eram as mesmas.
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Raro também era o dia em que ele não estivesse reclamando, normalmente da qualidade – ou falta de alguma – do time que vestia a camisa que ele tanto defendeu, mas essa rabugice, maravilhosa, era somente uma forma de resistir a tanta gente que inexplicavelmente maltratou a bola com a Cruz da Avis no peito.
Esse negócio de “Príncipe”, que ele resmungava sempre que ouvia, o colocou na história do futebol porque a coroação foi feita pelo próprio Pelé, o maior jogador de todos os tempos que passaram e que virão.
Assim como o Rei, Ivair saiu de Bauru e estreou muito jovem entre os profissionais, o que só fez aumentar as comparações. Logo na sua estreia, marcou o gol de empate contra a Prudentina, na Rua Javari, já perto do fim da partida. Desmaiou após marcar um gol de cabeça, o primeiro dos 103 que viria a anotar pela Lusa, ficando a lenda de que teria sido por emoção, mas ele mesmo disse, anos depois, que foi por causa da pancada da bola de capotão na cabeça que levou no momento do gol.
Já jogaram na chuva com uma bola de capotão?
Certamente, alguns dos meninos que passaram pelas mãos da realeza lusitana, já. Tico, Sinval, Dener. Todos eles tiveram Ivair Ferreira com treinador na base rubro-verde. Referências, afinal.
Mesmo sem tê-lo visto jogar, o Príncipe terá sido um dos meus favoritos, ali, ó, com Capitão, Dener, Julinho, Djalma Santos, Toninho e Edu. Era estagiário de jornalismo e, no meu primeiro dia de trabalho, havia uma ligação para eu fazer, logo depois de atualizar o perfil da Portuguesa no site. O entrevistado? Ivair. A lembrança mais clara que tenho é o telefone tremendo na minha mão ao ouvir que ele atendeu. Meia hora depois, a entrevista era um bate-papo entre ídolo e fã.
Nunca perguntei se ele se lembrava daquele dia. Bastava-me a lembrança que eu tinha, entre tantas, já com ele me chamando pelo nome, e este é um dos meus orgulhos.
Um dia depois do aniversário da Lusa, Ivair descansou. Não sem antes ter recebido uma camisa especial com seu nome, o número 9, o apelido real e uma coroa. Reconhecimento em vida para quem tanto fez pela camisa que mais vestiu e mais sentiu como a própria pele e fez questão de acompanhar até o fim dessa vida.
Obrigado por tanto, Príncipe – e nem adianta me xingar por isso. Você sempre será um dos meus heróis.
* Marcos Teixeira, 45, é jornalista, lusitano e colunista do site Ludopédio.org
** Este texto não reflete, necessariamente, a opinião do NETLUSA
Deveria estar na seleção brasileira em seus áureos tempos e com certeza Pelé estaria bem servido ! Em 66 , quase foi convocado e quem perdeu foi a seleção, que não pode contar com um craque ! Na época, jogadores já decadentes foram chamados ! Acho que um ataque com Ivair da Portuguesa e Edu ( na época com 16 anos ) do Santos , não teria pra ninguém ,nem pra Portugal , que espancou Pelé o tempo todo ! Enfim , fomos eliminados já na primeira fase !
estará sempre na memória de quem o viu jogar.
Vi jogar Pinga. D.Santos. Julinho. Garrincha . Nt Santos. Bauer. Ronaldo. Romario. Tostão .Dener. Eneas. Maradona. Cr7. Euzebio e tb Ivair . Ceci .Muca..chega o precisa mais. Quem não viu. Chuuuuuupa
Será que começou a reunião ou foi adiada
ivair , o segundos o melhor jogador do anos 60 , sô perdeu para o pelé , na minha opiniao que acompanho a portuguesa e torcedor da portuguesa IVAIR FOI O MEL
HOR JOGADOR DA PORTUGUESA DE
E TODOS OS TEMPOS
abandonou a portuguesa por dinheiro e foi para o corinthians em uma transação conturbada , que era craque não se discute mas como tantos outros e só ter fama na lusa que os lançou ou os recuperou e saem , e se fosse numa transação normal sim , mas deste jeito não