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Quase sem uniformes, jogadores da Lusa são proibidos de trocar camisas na A2

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Foto: Ale Vianna/Agência Eleven/Gazeta Press

A parceria entre Portuguesa e a Kappa, empresa de material esportivo, começou há pouco mais de um mês, mas a relação já está bastante estremecida. Tudo por conta da demora na entrega das peças, da má qualidade dos uniformes fornecidos e das brechas contratuais. O problema é tão grande que os atletas rubro-verdes foram proibidos de trocar de camisa com os adversários no intervalo e término dos jogos, de acordo com informações apuradas pelo Portal da Band.

O futebol profissional tem à disposição somente três kits de jogo rubro-verdes e três brancos. Por isso, existe a contenção das roupas. No dia-a-dia dos treinamentos também é possível perceber o problema da empresa com a Rubro-Verde. Sem muito material, jogadores e comissão técnica precisam utilizar o meião da Penalty, o colete da Pulse e a capa de chuva da Lupo, antigos fornecedores.

A Lusa tinha a Pulse como material esportivo até o último ano, quando o vínculo se encerrou no dia 31 de dezembro de 2015. No dia seguinte, o contrato com a Kappa, assinado ainda em setembro pelo consultor de marketing, Luís Paulo Rosenberg, entrou em vigor.


No início, algumas promessas foram feitas e as expectativas cresceram, segundo pessoas ligadas ao clube. Entretanto, isso mudou após alguns dias. A equipe do Canindé estreou na Série A2 do Campeonato Paulista no dia 31 de janeiro, e os uniformes foram entregues somente no dia 28, quinta-feira.

As camisas ainda chegaram com alguns erros, como detalhes errados no uniforme 2, todo branco. Com isso, precisou ser devolvido e voltou em cima da hora. A apresentação das novas vestimentas, que seria na semana da estreia, também precisou ser cancelada. O receio foi tanto que a diretoria da Portuguesa cogitava estrear no Paulistão com os uniformes da antiga patrocinadora, o que poderia ocasionar em um processo.

Críticas ao contrato

O Portal da Band teve acesso ao contrato assinado com a empresa italiana. No vínculo, a Lusa não receberá qualquer valor mensal, somente um percentual na venda de uniformes na loja física, localizada no Canindé, e nas lojas virtuais.

Além disso, Rosenberg não inseriu uma data para entrega dos uniformes e nem uma cláusula para quebrar o contrato (dois anos) por eventuais contratempos. Com isso, as vestimentas, de acordo com a assinatura, poderiam ser entregues até 31 de dezembro deste ano. Dentro do clube, não há dúvidas de que o acordo com a Kappa foi mal feito. Em outras equipes, como Goiás, Criciúma e Juventude, a empresa teve problemas semelhantes aos encontrados na Portuguesa.

No final de 2015, a Super Bolla se interessou em produzir o material esportivo da Lusa, com valores e qualidade superiores. No entanto, o medo da reação da torcida pelo desconhecimento da marca fez com que o negócio não desenvolvesse.

A nossa reportagem tentou entrar em contato com Luis Paulo Rosenberg por quatro vezes, mas o dirigente não atendeu as ligações.

Fonte: Portal da Band

Foto: Ale Vianna/Agência Eleven/Gazeta Press

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