Lucas Ventura, para o Portal da Band
A Portuguesa já iniciou o planejamento para o próximo ano, quando disputará a Série A2 do Campeonato Paulista e Série C, além da Copa do Brasil. No entanto, uma mudança drástica poderá atrapalhar os planos rubro-verdes. O presidente Jorge Manuel Gonçalves é acusado pelo COF (Conselho de Orientação e Fiscalização) de descumprir o estatuto e pode sofrer um impeachment.
De acordo com o que apurou o Portal da Band, o presidente do COF, José Gonçalves Ribeiro, questiona a falta de pagamento aos funcionários, e a não-apresentação do balanço e de orçamentos. Além disso, alega que o contrato de dez anos de aluguel do ginásio para a Igreja Renascer não teria sido autorizado pelo conselho.
Jorge Manuel Gonçalves se mostrou tranquilo em relação à acusação e espera a formalização da denúncia para que possa apresentar a sua defesa ao conselho.
“Estou aguardando essa denúncia ser formalizada para que eu possa me defender. Mas isso é normal. É um processo que está dentro do estatuto. Se comprovar dentro do que estabelece, faz parte”, disse ao Portal da Band.
A notícia caiu como uma bomba nas alamedas do Canindé, já que seria a segunda mudança na presidência em menos de um ano. Em março, Ilídio Lico não resistiu após grande pressão e renunciou ao cargo durante a disputa do Campeonato Paulista. Jorge sabe que, no momento, o clima de apreensão toma conta do clube.
“Claro que isso causa uma angústia nas pessoas, mas sabemos que a entidade é o mais importante, e não as pessoas. Isso não tem problema”, afirmou.
Caso o COF aprove impeachment em reunião extraordinária, os sócios do clube decidirão o futuro de Jorge Manuel Gonçalves na Assembleia Geral. Pessoas ligadas à atual diretoria da Lusa enxergam a ação como um golpe dos oposicionistas para assumirem o cargo máximo rubro-verde.
“Vou prestar esclarecimentos e o meu desejo é de continuar até o final do meu mandato”, concluiu o atual mandatário da Portuguesa.
Caso Gonçalves realmente deixe o cargo, Manuel Tomé, vice-presidente do clube, assume até o final de 2016. Tomé é ligado a Manuel da Lupa, advogado que presidiu a Lusa durante nove anos.
Foto: Gabriel Lopes