O Museu Histórico da Portuguesa, em parceria com o departamento de marketing do clube, promoveu uma homenagem à memória do ex-goleiro Orlando, que morreu em julho de 2007. Popularmente conhecido como Gato Preto, o ex-arqueiro da Lusa foi representado por sua esposa, Berenice Ferreira, os filhos Alex e Cassiano, além da nora Erica.
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Foi entregue por Antonio Quintal uma réplica da camisa 1 do goleiro. Além disso, o conselheiro mais antigo da Lusa, Manuel Esteve Mendes, entregou um quadro personalizado do clube com a foto do goleiro. A homenagem foi marcada por muita emoção.
“Não tenho nem palavras para agradecer. Todas as vezes que a gente vê futebol, o que nós tivemos na vida foi a Portuguesa quem deu. Eu cheguei a jogar aqui quando garoto e depois parei. Ainda vivo no mundo do futebol. Me tornei árbitro. É gratificante demais. Muito gostoso ter o reconhecimento das pessoas que fazem parte e lembrar esta identidade dos atletas antigos”, afirmou o filho Alex.
Orlando nasceu no dia 25 de julho de 1940, no Rio de Janeiro, e chegou ao Canindé em 1963, após boas atuações pelo São Cristóvão-RJ. O atleta foi conquistando o seu espaço e também uma forte amizade com o então titular da posição, Félix. O apelido de “Gato Preto” foi dado pela mídia esportiva devido a sua agilidade embaixo das traves.
O jogador logo passou a alternar com Félix a titularidade nas campanhas de 1964 a 1968. Orlando fez parte do elenco que chegou ao vice estadual de 1964 e também participou de excursões da Portuguesa no exterior, entre elas, está a viagem em 1968 ao lado do “Ataque Iê Iê Iê”, com craques como Ratinho, Leivinha, Ivair, Paes e Rodrigues. Ele permaneceu na Rubro-Verde até o ano de 1973.
O filho Cassiano comentou sobre o dia da morte do pai e o legado deixado por ele no futebol. “Quando ele faleceu, eu pude ver quem foi o Gato Preto. Ele foi enterrado aqui no Imirim e tinham três funerais acontecendo e tinha muita gente. Mas não tinha gente nos outros dois. Era tudo para ele. Sou palmeirense e tive o prazer de ser abraçado pelo Leivinha. Ele chorando falando que amava o meu pai. Fiquei pensando: ‘um ídolo do meu time falando que ama o meu pai’. Foi um turbilhão de emoções”, disse.
Pela Portuguesa, Orlando disputou 304 partidas, somando 127 vitórias. O goleiro ainda passou por Sampaio Corrêa-MA, Operário de Campo Grande-MS e Operário de Várzea Grande-MT. Por fim, Cassiano revelou algumas ideias de projetos para reforçar a importância do pai no esporte.
“O meu pai é a minha referência para quase tudo na minha vida. Eu sou desenhista e designer gráfico e eu tenho como objetivo fazer uma história em quadrinhos dele. Eu vim para cá (no Museu) com este pensamento. Eu preciso de uma história icônica para retratar isso de uma forma gráfica, e ouvi várias histórias hoje”, finalizou.
Assista ao vídeo da homenagem feita ao ex-camisa 1 da Lusa:
PUTZZZ… EU VI JOGAE ESSES DOIS SENSACIONAIS , OS MELHORES GOLEIROS QUE TIVEMOS , FICO ATÉ EMOCIONADO EM VE-LOS … SEMPRE LUSA 71 ANOS .
Orlando e Félix sensacional dois goleiros da lusa que meu vô gostava muito.
Estou velho , ouvia pelo radio , os jogos da Portuguesa , e as grandes defesas , de ORLANDO GATO PRETO , tempos inesqueciveis ….. Hoje vivemos de lembrancas ….pois quadrilhas se formaram no clube … e quase nos destruiram .. mesmo com 62 anos a esperanca brota no meu coracao .. a cada partida jogada pela querida PORTUGUESA DE DESPORTOS ..NOSSO AMOR ETERNO … DESCULPE ..POIS AGORA ESTOU CHORANDO .. OBRIGADO
Sou torcedor da Lusa desde 1957, vi Orlando Chegando do São Cristovão do Rio de Janeiro, com o tempo foi dividindo a posição com o Felix, em 1964 disputando o título como Santos na Vila Belmiro, fomos roubados pelo árbitro Armando da Castanheira Marques grande Fdp. que também nos roubou em 1973 no Murumbí quando anulou um gool de Cabinho, em 1964, deixou de dar 2 penalts em cima de Ivair o príncipe. muita saudade de Felix e Orlando dois dos maiores goleiros que tivemos, sendo que Felix chegou a ser goleiro da seleção brasileira
Sou corintiano, nunca vi o Félix jogar pela Portuguesa, mas o Orlando vi muitas vezes. Tem uma coisa que pouca gente sabe, Orlando cantava muito bem. Uma vez o vi cantando em uma emissora de TV, o apresentador que não me lembro quem foi disse: Bom de bola e bom de música.
Eu era muito pequeno, mas lembro de uma passagem em que ele saiu do gol para interceptar um cruzamento e levou uma “cama de gato” de um atacante adversário, caindo de cabeça e saindo de campo desacordado. Foi um lance assustador.