O empresário William Pereira Rogatto foi indagado sobre o rebaixamento da Portuguesa em 2013, no caso que ficou conhecido como “Caso Héverton”, durante o seu depoimento à CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas do Senado. Perguntado se a queda da Lusa na Série B pelos tribunais em 2013 teria envolvimento com manipulações de resultados, o empresário disse que não tinha conhecimento, mas admitiu que tinha “jogador lá”.
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O empresário confessou ter atuado em um esquema ilegal de apostas esportivas no Candangão deste ano. Além disso, admitiu ter sido o responsável pelo rebaixamento de 42 equipes do futebol brasileiro, além de ter faturado R$ 300 milhões com a manipulação de resultados.
”Rebaixei 42 times e sou conhecido como rei do rebaixamento, mas não dá para ganhar dinheiro sem rebaixá-los. Não estou matando ninguém, roubando ninguém, o sistema é falho. Estou indo contra o sistema. A criação da máquina me favoreceu, encontrei a brecha”, afirmou.
Sem apresentar provas, William Rogatto explicou que mora em Portugal e que não podia falar tudo o que sabia por temer por sua segurança. Os senadores chegaram a oferecer delação premiada
Os senadores ficaram impressionados com o teor das revelações do empresário e chegaram a oferecer delação premiada e uma inclusão ao sistema de proteção à testemunha. Rogatto, entretanto, disse que tais medidas não sejam suficientes para protegê-lo.
A declaração reascende uma polêmica que havia ganho um novo capítulo em 2022, quando o ex-meia do Fluminense, Robert, em entrevista ao podcast Resenha com TF, revelou que os jogadores do time carioca souberam, ainda no vestiário após o jogo contra o Bahia, da escalação irregular do meia Héverton no empate sem gols entre Portuguesa e Grêmio, pela última rodada do Brasileirão de 2013.
Sobre o Caso Héverton:
O meia Héverton entrou em campo aos 32 minutos do segundo tempo diante da equipe gaúcha, no dia 8 de dezembro. A notícia sobre a possível escalação surgiu apenas no dia seguinte. Contudo, semanas depois, a Lusa perdeu quatro pontos pela escalação do meia-atacante e acabou rebaixada para a Série B.
Nada foi provado e ninguém considerado culpado, mesmo com as declarações do ex-presidente Ilídio Lico de que a Unimed teria envolvimento no caso. Em 2014, o Ministério Público disse que o meia foi escalado de forma premedita, mas nada foi confirmado.
No dia 24 de agosto de 2016, a promotora Liliana Mercadante Mortaria, que herdou a “pasta” de Roberto Senise, decretou o encerramento do caso, colocando um ponto final num dos maiores mistérios da história do Campeonato Brasileiro. Veja, na íntegra, o TCC em forma de podcast desenvolvido pelo jornalista Gabriel Fernandes acerca do caso.
Em 2020, em entrevista exclusiva ao NETLUSA, o meio-campista Héverton abriu o jogo sobre o caso que levou a Lusa à Série B do Campeonato Brasileiro. Assista aqui!
Confira o corte do depoimento em que a Portuguesa é citada:
Então… A atuação dele não rebaixaria a Lusa sem a atuação do STJD e CBF. O mesmo tribunal que não aceitou a ação do Cruzeiro contra o Flumerda por ter escalado o jogador Tartá que estava suspenso, tomou a iniciativa de avisar o time carioca e nos dar a pena máxima por um jogo que não mudaria em nada a história do campeonato. No primeiro caso disseram que “até seria uma infração, mas que não era justo mudar no tribunal um resultado obtido em campo, ou seja, Flumerda campeão”. No nosso caso interessou, e muito, mudar o resultado do campo para salvar o time queridinho deles que um dia já pulou da Série C direto para a Série A sem passar pela B. Sujeira pura!
Falam do Fla, do Flu, da CBF mas ninguém toca no assunto de quem foi, de DENTRO DO CANINDÉ, o responsável pela escalação do Hewerton.
Esse caso jamais será plenamente resolvido, enquanto isso a Portuguesa segue respirando por aparelhos, presta atenção Portuguesa, VAI LUSA PÔ!