Substituindo Guilherme Alves no comando da Lusa, o técnico Allan Aal concedeu a sua primeira entrevista coletiva como treinador da equipe. Depois de comandar o Foz do Iguaçu, ele chega ao clube com a missão de retomar o caminho das vitórias. São seis jogos seguidos sem vitória, o que deixa a Portuguesa ameaçada pela zona de rebaixamento.
Em suas respostas, Allan deixou claro que pretende privilegiar o elenco da Lusa, evitando qualquer contratação desesperada para a sequência da Série A2 do Campeonato Paulista. O treinador também lamentou os protestos da torcida, que devem acontecer amanhã na partida contra o Audax.
Confira, na íntegra, a entrevista completa na apresentação do novo treinador da Portuguesa:
Jogo contra o Nacional
A gente teve a maior parte do domínio do jogo. Desorganizamos um pouco no segundo tempo. O lado emocional precisa ser muito bem trabalhado, para que os atletas não percam a confiança. Não podemos querer resolver sozinhos, e sim como equipe. É minha maneira de pensar, dando respaldo aos jogadores dentro do trabalho. Espero que os resultados apareçam de forma rápida.
Meta na Série A2
Minha meta é o Audax amanhã. Cada jogo precisa ser uma decisão. A pontuação pode nos levar a sonhar com a classificação ou nos complicar na briga contra o rebaixamento. Será jogo a jogo. Já passei isso para os jogadores e vou bater nesta tecla até o final do campeonato.
Período de contrato
Meu contrato é até o final do ano. A ideia inicial é essa, com possibilidade de renovação. O tempo é curto, apertado. Mas a partir do momento que se trabalha, independente dos dias, se for bem feito as coisas vão acontecer. No Foz do Iguaçu, fomos a última equipe do interior a se apresentar após as férias e conseguimos bons resultados em cima daquilo que já havíamos trabalhado. Os jogadores precisam acreditar no que estão fazendo. Isso faz com que tudo apareça com mais rapidez.
Carreira de treinador
Me preparei não só como ex atleta, mas também como profissional do futebol e treinador. Acredito que posso contribuir de forma grandiosa para que as coisas possam acontecer dentro de campo.
O que já conhece do elenco
Estamos sempre acompanhando. A informação é muito acessível. Dá para ter acesso ao material dos atletas de forma coletiva e individual. O Paulista é televisionado, amplamente divulgado. Estava acompanhando e logo que começaram as conversas, fizemos o levantamento de dados sobre tudo o que havia aqui. Jogadores, momentos e estatísticas. O mundo circula as notícias, hoje é tudo mais prático na questão da informação.
Contratações
Até por respeito, precisamos dar uma sequência e oportunidades para jogadores que estão sendo questionados. Eles precisam de confiança para seguirem o trabalho. É preciso analisar com muita tranquilidade para apontar vagas em aberto. Não vamos fugir da política do clube, tentando manter a estabilidade financeira neste momento difícil. Estou discutindo com eles algumas ideias de jogo, que necessitam de uma ou outra peça. Não só do Estado do Paraná, mas também de outras regiões. Nos passaram algumas situações de jogadores que não estavam sendo utilizados, mas estão à disposição. Vamos aproveitar o que temos e depois projetamos a sequência.
Maneira que gosta de jogar
Vamos procurar uma singularidade. Aquilo que for benéfico para a Portuguesa. Claro que não a qualquer custo, a qualquer maneira. Precisamos voltar a vencer, ter bons resultados. Mas vencer de qualquer jeito te leva a desorganização, desespero. Assim, ficamos mais próximos do mal resultado. Contra o Nacional isso ficou claro. Criamos chances de vencer, mas também de perder. Manter o equilíbrio é muito importante. Independente do momento do clube. Não fomos os responsáveis e isso passei para eles.
Problemas fora de campo
Sabemos o que acontece. As pessoas passam para a gente. Mas o importante é manter um trabalho bem feito, independente do tempo em que vamos permanecer aqui. O equilíbrio precisa ser mantido. por enquanto, estamos tratando de dar respostas individuais. Será um trabalho de muita persistência e vamos tentar corrigir os problemas.
Necessidade de explorar o elenco
Conversamos sobre tudo e dei início a essa conversa, para trocar ideias e chegar em conclusões. São situações que entendemos e, ao mesmo tempo, tem jogadores que estão no departamento médico. Estamos esperando para poder reaproveitar. Não podemos ir para o desespero e cometer os mesmos erros já cometidos. Precisamos de jogadores em forma, não há necessidade de olhar o mercado na pressa. Jogadores que estão à disposição para jogar seriam bem vindos. As carências possam ser supridas na maneira de jogar, com jogadores que talvez exerçam funções mais amplas. Não podemos limitar a maneira de jogar. Vamos procurar no elenco algumas opções.
Relacionamento com a imprensa
É uma via de mão dupla. Conversamos e vimos dois dias para deixar o treinamento aberto. Sempre me relacionei bem com todos. Em alguns momentos, é preciso privacidade para corrigir algumas coisas. Até para não constranger o jogador com a exigência forte. Se houve algum tipo de problema antes de mim, espero que tenha ficado para trás. Agora é uma outra forma de conversar.
Protestos da torcida
Temos o presidente, a diretoria e conselheiros para resolver esta situação extracampo. Torcedor faz falta e é sempre bem vindo. Gosto do apoio deles. Mas não tenho como interceder neste tipo de situação. Não podemos refletir sobre o grupo. Mas daqui para frente a responsabilidade é minha, e aí sim discutiremos as questões; Temos a possibilidade de mudar este cenário dentro de campo. Mas, fora, creio que existam pessoas competentes para lidar com a situação.
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