Há dois anos, Héverton entrava em campo e levava a Lusa ao fundo do poço

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Lucas Ventura

8 de dezembro de 2013. Esta data nunca será esquecida pelos torcedores da Portuguesa. Foi quando o suspenso Héverton substituiu Wanderson, aos 32 minutos da etapa final do jogo diante do Grêmio, pela última rodada do Campeonato Brasileiro, e fez a equipe rubro-verde perder quatro pontos no STJD (Superior Tribunal de Justiça Desportiva), rebaixando o clube à Série B.

Até hoje, o caso é visto como nebuloso. Diretoria da Lusa, jogador e técnico garantem que não sabiam do julgamento. Ficou a cargo do Ministério Público investigar o ocorrido. No entanto, o promotor Roberto Senise foi afastado do cargo, acusado de receber propinas em outros casos como procurador. Desde então, nada foi falado. No clube do Canindé, poucas explicações e apenas a expulsão de Manuel da Lupa do conselho.

Ilídio Lico, que já participava das reuniões de diretoria à época, não tomou atitude nenhuma e viu frustradas suas negociações com José Maria Marin, presidente da CBF, e Marco Polo Del Nero, da FPF. “O que é bom para nós, é bom para vocês”, ouviu Lico do ex-mandatário da entidade máxima do futebol brasileiro. O trio, curiosamente, deixou os seus cargos posteriormente.

Se parte da mídia apoiou a Rubro-Verde durante os primeiros dias, hoje sequer fala sobre o fato. Héverton, atualmente com 30 anos, não comenta mais o caso. Depois da Portuguesa, atuou por Paysandu, Brasília e Caxias, este o seu último clube. Uma carreira pouco empolgante para quem, antes da última rodada, dizia aos quatro cantos que tinha propostas para atuar no Catar.

Enquanto isso, a Lusa amarga a Série C do Campeonato Brasileiro e Série A2 do Campeonato Paulista e enfrenta grandes problemas financeiros.


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