Foto: Everton Calício/Portuguesa

Além do retorno do elenco, a tarde da última segunda-feira na Lusa foi marcada pela apresentação de Zé Maria, que conversou com a imprensa no CT do Parque Ecológico.

O ex-lateral direito, que assinou contrato até o fim da Copa Paulista, se declarou ao clube, falou sobre a estrutura do Centro de Treinamento, entre outros assuntos.

Confira os principais pontos da entrevista:

Estrutura


Já tinha visitado o CT, mudou bastante. Foi fundado na minha geração, tinha somente três campos. Hoje tem uma estrutura maior, mas que precisa melhorar muito, foi essa a minha conversa com o presidente. Uma das minhas principais exigências, para dar um resultado melhor, foi para que o CT fosse melhorado. Lógico que na medida do possível, porque sei das dificuldades e tenho que compreender isso. Quando aceitei o desafio, sabia da situação. As pessoas falavam: ‘pô, você é louco de ir pra Portuguesa’. Mas, por amor, a gente faz algumas loucuras. Essa é uma delas, vendo a situação que vive o clube hoje: sobrevivendo, respirando por aparelhos.

Mas já vi muitas pessoas que respiravam por aparelhos voltarem a viver normalmente. Esse é meu objetivo e acredito que pode ser feito. Temos que melhorar, devagarzinho – essas semanas serão feitas algumas mudanças para priorizar a parte profissional. Ano que vem é o centenário da Portuguesa e nosso objetivo é devolver a Lusa a uma competição nacional.

Situação do clube

Tivemos várias conversas sobre um pouquinho de Portuguesa. Chegou um vídeo para mim, enquanto eu trabalhava na Albânia, que estavam destruindo as piscinas da Portuguesa e isso me deixou muito triste. Cresci dentro do Canindé, desde os meus 10, 11 anos de idade. Estreei no profissional e cheguei na Seleção por causa da Portuguesa. Falei ao presidente que poderia dar uma ajuda, tentando passar minha experiência de Europa. Foi uma das minhas propostas: tentar mudar e sair do círculo que está há muito tempo, para dar esse tipo de ajuda dentro do campo, que creio ser a melhor saída. Voltar a ser grande dentro do campo, esse é meu objetivo. Não posso mais jogar e não estou mais na fase, até porque a barriga não deixa mais (risos), mas acredito que com o conhecimento que adquiri nesses anos, posso ajudar um pouquinho a Portuguesa.

Zé Maria comandou treino na última segunda-feira (Foto: Everton Calício/Portuguesa)

Comparação com Europa

Dá para comparar com a minha segunda experiência como treinador, que foi no Catanzaro (ITA). O time foi protagonista na Série A nos anos 1970 e teve um período que a gente chegava no estádio e a torcida não deixava treinar. Era uma situação falimentar. Era muito difícil, não tinha material, chegava no campo e ele estava fechado porque não pagaram o aluguel. A gente não tem isso aqui. Esse é o lado bom. A estrutura da Portuguesa está disponível para fazer a preparação.

Passar ao elenco

O treinador transmite o que tem. Eu vou transmititr a paixão que tenho por esse clube aos jogadores. Defendi vários clubes no Brasil e na Europa. Vou contar um segredo a vocês: a primeira vez que joguei contra a Portuguesa eu tremi as pernas. Foi uma partida pelo Palmeiras, não consegui jogar.

O modo que tenho para transmitir isso é mostrar muita dedicação. Vocês vão ver que vou ser o primeiro a chegar e o último a sair, e durante o treinamento não tem pausa. É um trabalho muito intenso. Vamos mudar metodologia e intensidade do treinamento.

Veja também:

ATENÇÃO: este é um espaço para debate saudável sobre a Portuguesa. Todas as mensagens e os seus autores são rastreados. Seja educado e respeite os colegas do site. O NETLUSA não se responsabiliza pelo conteúdo dos comentários.

Please enter your comment!
Please enter your name here