Alguns torcedores da Portuguesa estão em mais uma tentativa de tombar o Canindé como patrimônio histórico. Desta vez, o grupo, que fez um abaixo-assinado com mais de cinco mil assinaturas, recebeu o apoio do deputado estadual Campos Machado (PTB/SP). A informação foi divulgada pelo jornal O Estado de S.Paulo.
A torcida quer pedir ao Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Compresp) que o local onde fica o estádio e o clube social se torne patrimônio cultural da cidade de São Paulo.
Na visão de Antonio Roberto Freire, líder do movimento e presidente da Associação Amigos do Parque da Vila Guilherme, o tombamento significa a possibilidade de o estádio seguir de pé mesmo com possíveis leilões.
“O leilão pode ocorrer normalmente. Caso haja um comprador, ele teria que manter tudo como é hoje. O eventual comprador terá de respeitar o projeto original e manter principalmente a fachada e as cores. O tombamento do complexo é fundamental para que o clube não desapareça”, disse Freire à publicação.
A Portuguesa já enfrentou dois leilões do seu terreno, mas que não atraíram compradores. O próximo está marcado para o mês de abril.
Esse é o segundo processo de tombamento do Canindé. Em 2016, o próprio clube entrou com um pedido no Condephaat (Conselho de Defesa do Patrimônio Histórico, Arqueológico, Artístico e Turístico), que arquivou o processo.
Caso seja tombado, o estádio não poderá ser transformado em um complexo hoteleiro, que é encarado por muitos como única solução para o ressurgimento da Lusa.