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OPINIÃO: Portuguesa, oficialmente time pequeno

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Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

Qual é a régua que mede o tamanho de um clube de futebol? Há quem diga que a história e os títulos conquistados aparecem em primeiro lugar. Para outros, o tamanho da torcida é o mais importante. Ou ainda um complexo – e subjetivo – algoritmo que leva em consideração presente, passado e potencial de futuro, sobretudo pelas leis do mercado.

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Na minha opinião, tudo isso pode ser substituído por um único fator: obrigação. Poucos anos atrás, o peso da Portuguesa era perceptível por conta do que se esperava minimamente dela quando entrava nos campeonatos. Nunca foi uma potência, como outros 12 “grandes”, que têm a missão de voltar com o título quando caem para a série B. Longe disso – e até o mais fanático do torcedor sabe das nossas limitações. Entretanto, quando disputava divisões de acesso, caso de sucessivas séries B ou até a C como no ano passado, tinha o dever de brigar pelo acesso. Quando se falava da segundona do Paulistão, a única coisa aceitável era o título. Isso conferia a ela o status de clube médio.


Alguma coisa realmente cheirava diferente nesta série A-2 de 2016. A declaração do já demitido técnico Estevam Soares de que foi montado um “time de juniores”, os comentários de apoiadores da atual direção de todos os percalços que a Lusa teria por falta de recursos e as justificativas de hábito para os resultados na largada apontavam para uma terrível a constatação – a Portuguesa era apenas mais uma entre os 20 clubes participantes e não tinha mais a “obrigação” de subir para a primeira divisão do Estadual.

O carimbo agora está na testa: o clube é, agora, oficialmente pequeno. Sua “obrigação” não difere de Taubaté, São Caetano, Mirassol e, como uma imagem diante do espelho, Juventus. Na série C, aparentemente, isso se repetirá: está em igualdade de condições dos demais. E isso no melhor dos cenários.

Não será uma surpresa se não conseguir subir mais uma vez. Não causará espanto. Não fará diferença. Entra na esteira da normalidade, assim como outros times pequenos espalhados pelo Brasil.

Por Luís Alberto Nogueira

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