Lucas Ventura, para o Portal da Band
A vitória do Guarani sobre a Portuguesa por 1 a 0, na última segunda-feira, pela Série C, ficou em segundo plano. Além da falta de luz no vestiário da equipe visitante, três dirigentes rubro-verdes, que estavam no camarote do Estádio Brinco de Ouro da Princesa, foram agredidos a socos, pontapés e até cadeiradas por membros das duas maiores torcidas organizadas do Bugre.
De acordo com o que o Portal da Band apurou, ao final do primeiro tempo, quando o placar já apontava 1 a 0 para os donos da casa, cerca de 15 torcedores uniformizados invadiram o espaço destinado à Portuguesa e atacaram o vice-presidente de futebol do clube, Antonio Ribeiro, com cadeiras. Posteriormente, os alvos foram os diretores Carlos Eduardo Ramos e Marcos Teixeira, que também estavam no local. A situação ficou ainda pior com a chegada dos dois seguranças da Lusa. A dupla conseguiu dispersar o grupo, mas um deles teve uma concussão.
Para agravar ainda mais o ocorrido, membros da FPF (Federação Paulista de Futebol) teriam confirmado aos dirigentes da Lusa que o acesso ao camarote foi facilitado pelos seguranças do próprio Guarani. “Foi surreal”, disse Antonio Ribeiro. “Mas graças a Deus não aconteceu nada de mais grave, porque tinha muita gente e só nós cinco”, complementou.
Na súmula da partida, o árbitro Vinicius Gonçalves Dias Araújo relatou as agressões sofridas pelos diretores. A falta de energia elétrica no vestiário da Lusa também foi citada nas observações do responsável pela arbitragem.
Desde o momento em que chegou ao Brinco de Ouro, por volta das 16h, a delegação da Portuguesa teve problemas com a iluminação, o que durou até o final da estadia rubro-verde. Os trabalhos antes do jogo, como aquecimento e preleção, foram realizados sob luz de vela e de emergência. “Esse é o futebol brasileiro”, bradou uma fonte no vestiário visitante.
