Foto: Divulgação

Ex-zagueiro da Portuguesa na década de 1990, Emerson recorda com carinho da época em que defendeu a equipe rubro-verde.

Aos 42 anos, o ex-defensor da Lusa, que atualmente tem uma escolinha de futebol em Bauru e é coordenador da base do Noroeste, rasgou elogios ao clube do Canindé.

“A Portuguesa com certeza eu posso falar que é a minha segunda casa. A primeira é a casa dos meus pais, aqui em Bauru… O XV de Jaú foi o meu começo, porque eu saí de Bauru jogando em escolinha, mas na Portuguesa foram quase oito anos ininterruptos do dia que eu cheguei até o dia em que eu saí por empréstimo para o São Paulo. Eu fiquei quase oito anos dentro do Canindé, então eu tenho esse apego muito grande”, disse ao Portal UOL.

“As minhas melhores amizades foram feitas na Portuguesa, as mais verdadeiras também, é o começo de tudo. A única ressalva que eu tenho é não ter terminado a carreira na Portuguesa, mas aí já foram outras questões, outras coisas. Eu devo praticamente tudo da minha carreira à Portuguesa. As fases que a gente passou na Portuguesa, que foram vitoriosas mesmo sem títulos… A Portuguesa brigou de igual por igual com muita gente durante uns quatro, cinco anos, então isso foi muito bacana”, complementou.


Foto: Eduardo Knapp/Folha Imagem

Confira outros pontos da entrevista:

Convocação defendendo a Lusa

A minha primeira convocação para a Seleção Brasileira tinha sido na Portuguesa, em 2000, com o Vanderlei Luxemburgo, então se eu falar que eu necessitaria de outro clube para ir à seleção brasileira eu estaria mentindo, porque a Portuguesa já tinha toda a visibilidade do mundo para poder fazer isso, tanto é que a gente viu o Zé Maria, lateral direito, o Zé Roberto, Leandro Amaral, Rodrigo Fabri, César, todos serem convocados. Não foi esse o meu intuito.

Perda do título brasileiro em 1996

A gente tinha um elenco que era limitado, isso é obvio. E a gente jogou contra Cruzeiro, Atlético MG, eliminamos os dois. Times fantásticos no papel. E o grande mérito nosso foi esse ‘esquecer o papel’, entender que era possível chegar e, mesmo sendo o patinho feio da história, a gente criou dentro do clube essa possibilidade. E o título só não veio por questão de regulamento: a gente ganhou o jogo de 2 a 0 no Morumbi e perdemos no Sul por 2 a 0, o que é completamente normal. Méritos propriamente do Grêmio por ter feito uma melhor campanha e a gente não ter conseguido segurar a pressão lá no Sul. Se a gente tivesse conseguido levar o jogo para o segundo tempo, ter amarrado mais… Mas sofremos o gol logo no começo do jogo, do Paulo Nunes, foi uma ducha de água fria, mas a Portuguesa se portou de maneira igual, jogou o jogo e eu acredito muito mais no regulamento. Se a gente tivesse pensado no jogo de São Paulo… Era para ter sido 3, 4 a 0, e de repente ter sacramentado a situação, mas não aconteceu.

Chegada à Portuguesa

Eu sou de Bauru e comecei no XV de Jaú. E nós tivemos uma fase de quartas de final do Paulista que a Portuguesa caiu no nosso grupo, e o XV fez dois jogos brilhantes contra a Portuguesa, e o pessoal da Portuguesa gostou de cinco jogadores, e nós fomos emprestados para disputar uma Taça Londrina, que ainda existia, e posteriormente a Taça São Paulo. Depois a Portuguesa acabou ficando com três jogadores dos cinco e quem acabou tendo destaque no profissional acabou sendo eu. Então surgiu primeiro um empréstimo para depois a Portuguesa me contratar em definitivo. Eu me profissionalizei na Portuguesa, cheguei em fevereiro de 94, como amador, com 19 anos. Eu fui para os juniores, participei de duas Taça São Paulo, de 95 e 96. Em janeiro de 96 eu disputei a Taça São Paulo e em 15 dezembro a gente estava disputando a final do Brasileiro contra o Grêmio, é mole? E por coincidência negativa a gente foi muito mal na Taça São Paulo, a Portuguesa não passou da primeira fase, e o nosso técnico no sub-20, que era o Juninho Fonseca, deu aval para o Valdir Espinoza subir cinco jogadores para o profissional, entre eles, eu, o Fabricio e o Leandro Amaral. Uma campanha ruim por um lado acabou impulsionando o Juninho a nos indicar para o time de cima. É preciso as pessoas terem olhos para fazer as coisas, não é só o empresário, não é só o lado comercial, ainda existem pessoas dentro do futebol que conhecem de futebol a esse ponto.

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