Foto: Dorival Rosa/Portuguesa

No dia a dia, ele é diretor de marketing da Portuguesa e administra sua empresa de roupas. Nas horas vagas, troca o paletó e a gravata pela roupa de Leão. Aos 49 anos, Carlos Ferreira não esconde a emoção ao falar da felicidade em ser o mascote da Lusa e proporcionar alegria às crianças.

“Eu visto a roupa uma hora antes do jogo e fico nas alamedas do Canindé. Os pais vêm tirar foto com os filhos comigo… São pessoas que a gente vê dentro do estádio. Você vê o carinho de todos”, disse, em entrevista ao Portal da Band.

Ferreira, que já foi diretor de futebol e vice-presidente de marketing, atualmente colabora com o clube do seu coração a convite do presidente Alexandre Barros. Devido aos compromissos profissionais e à doença de sua mãe, que sofre de mal de Alzheimer, ele preferiu não assumir um cargo de gerência, já que, segundo ele, não teria tempo.


A primeira partida de Carlos como Leão foi diante do Rio Claro, na segunda-feira, 20, quando a Lusa venceu por 2 a 1, pela Série A2 do Campeonato Paulista. Estreia pé-quente do dirigente-leão. “Ser mascote é uma delícia. Eu posso encarar o árbitro, dar aquele tapinha na hora de cumprimentar. Você pode aloprar, porque está com a roupa”, afirmou, aos risos.

Para ser o Leão nos jogos da Lusa, Carlão, como é conhecido pelos mais próximos no Canindé, não recebe salário. E ele nem faz questão. “É por prazer mesmo. É para ajudar o marketing, porque não estamos em momento de cobrar nada”, declarou.

Confira a entrevista completa:

Portal da Band: Como surgiu o convite?
Carlos Ferreira: Fui num jogo há quatro rodadas e passei no Departamento de Marketing do clube. O Dino e a Luciana, que são os profissionais do departamento, me mostraram a roupa, só que disseram que o antigo mascote não entrava na fantasia porque era muito gordo. Aí eu brinquei, falei q estava emagrecendo e vesti. O pessoal gostou. Eu falei que topava, mas tinha que modernizar a fantasia. Colocar uniforme igual dos jogadores e tirar o pé porque eu quero chutar a bola (risos). Sendo assim, eu aceitei.

Portal da Band: Qual a diferença entre ser mascote e dirigente?
Carlos Ferreira: Para mim é a mesma coisa. O importante é poder contribuir de alguma maneira. Não importa se é como gandula, mascote ou dirigente. Não adianta ficar só nas redes sociais ou na arquibancada xingando e não ajudar.

Mascote conversa com os jovens torcedores da Lusa (Foto: Gabriel Lopes/Portuguesa)

Portal da Band: E o que é mais difícil?
Carlos Ferreira: É muito mais difícil ser vice-presidente. Tem muito mais responsabilidade. Ser mascote é uma delícia. Eu posso encarar o árbitro, dar aquele tapinha na hora de cumprimentar (risos). Você pode aloprar, porque está com a roupa. Quando você está com uma caneta na mão, é complicado.

Portal da Band: Como foi a recepção da torcida?
Carlos Ferreira: Meus filhos não acreditaram (risos). O mais legal foi que tirei mais de mil fotos em três jogos. Eu visto a roupa uma hora antes do jogo e fico nas alamedas do Canindé. Os pais vêm tirar foto com os filhos comigo… São pessoas que a gente vê dentro do estádio. Você vê o carinho de todos. Não dá para enxergar muito bem dentro da fantasia, mas você sabe quem está chegando. Até os mais marrentos, que não gostam de mim e que já me xingaram, pedem para tirar foto com o Leãozinho. Também tirei foto com dois portadores de Síndrome de Down. Foi um momento único.

Portal da Band: Como é dentro da fantasia?
Carlos Ferreira: É bem quente e não dá para enxergar direito. Mas nos dois últimos jogos teve pênalti no intervalo, na ação do sócio-torcedor, e eu cobrei. Fiz os dois gols (risos). Até o Gerson Sodré (auxiliar-técnico da Portuguesa) me deu os parabéns.

Portal da Band: Você recebe alguma coisa para ser mascote?
Carlos Ferreira: Nada remunerado. É por prazer mesmo. É para ajudar o marketing, porque não estamos em momento de cobrar nada. É uma coisa que alegra e dá retorno, porque teve muita gente tirando foto e a roupa do Leão tem os patrocínios.

Portal da Band: Agora você será o mascote fixo da Lusa?
Carlos Ferreira: Não tenho essa vaidade. Quem quiser, sem problema nenhum, inclusive, não vou poder ir a todos os jogos.

Fonte: Portal da Band

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